06 junho 2006

Assimetria distributiva em Timor-Leste

A tensão continua em Timor-Leste.
Muitos têm sido aqueles que têm ensaiado compreender as razões da grave instabilidade social que reina nesse pequeno país que um dia pode viver dos rendimentos do petróleo.
Mas poucos se têm preocupado em pensar numa coisa simples como a seguinte: os soldados revoltados, aqueles que lutaram pela independência, foram excluídos dos recursos de bem-estar e do prebendialismo que a independência recente, com apenas quatro anos de vida, outorgou a outros, muitos dos quais viveram exilados enquanto eles, os excluídos, passavam privações nas matas.
A exigência de demissão de primeiro-ministro Mário Alkatiri, um ex-exilado em Maputo durante muitos anos, e a formação de uma espécie de governo de reconciliação nacional, são, justamente, duas propostas claras de solução para a assimetria distributiva.

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