31 março 2008

Sobre a música que consumimos

O Ali Cossing escreveu para o jornal "Notícias" de hoje mostrando o seu profundo desagrado com a música em curso na praça: "Senão vejamos: as temáticas das músicas jovens moçambicanas são basicamente de curtição (bebedeira) e mulheres. Os nossos rappers quando têm que falar de mulheres fazem-no somente numa perspectiva das mais depreciativas possíveis (prostituta para li, catorzinha para aqui, dou-te dali, etc), quando têm que falar deles próprios fazem-nos do tipo “eu sou melhor (curtidor) que tu, a coroa é nossa, vocês não são de nada, eu tenho aquele(s) carro, aquela(s) dama(s), inclusive a tua, enfim somos os tais”. As músicas de alguns dos nossos rap, não passam disso." Mas então o que fazer, que música produzir e ouvir? Resposta do autor da carta: "Escrevam jovens raps e pandzista mas escrevam coisas produtivas e contribuam (e vocês têm potencial e alguns até formação para isso) com o vosso som para desenvolvimento deste país cantando músicas como, “O país da Marrabenta” (Gpro Fam) embora ache que estas músicas tenham caído de pára-quedas para estes jovens, que para além destas músicas continuam iguais aos outros gritam e nada dizem senão aquela promiscuidade, escrevam como Azagaia (força pela coragem). Escrevo este artigo antes de ter o feedback do resultado da sondagem da STV, mas adianto a resposta (Não)."
Entretanto, pode ler ou recordar a minha série, ainda não terminada, com o título Existe o zicoísmo?

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