25 julho 2008

sou filho dos rios


vou contar-te o que não sei
vou dizer-te o que não senti
vou propor-te o que não pensei
vou dar-te o que não tenho
assim começa uma bela história
que nunca ouvi embora tenha ouvido
no dia em que conheci os melambes
filhos doceácidos dos embondeiros
lá pelas savanas sem fim
essas doces mães das rolas
carregava o rio o seu destino lentolíquido
vê tu agora como tropeço canhestro
em todas estas néscias palavras
em todo este bulício disfarçador
quando afinal o que apenas desejo
é nascer-te logo que a madrugada
estiver encostada aos teus seios
e os teus sentidos em riste
forem rigorosamente apenas
a natureza sem capulana
e isto porque hoje dei que o rio
corre de novo no leito do meu futuro
(qualquer rio, sou filho dos rios)
Carlos Serra

2 comentários:

Lisa disse...

Esto eu não vou comentar agora..não agora..nem sei qunando e se o farei...Ler ,Ouvir , sentir, só isso importa neste moemnto..Quantas vezes? não serei dizer...

lISA :-(

Lisa disse...

Eu sei, olhando para o azul infinito do horizonte, que estás ai, em algum lugar.
Sei também que podes sentir os meus beijos, a minha saudade.
Sei que estas em cada palavra escrita, em cada frase minha, em cada sopro de vento.
Sei que em cada vez que o sol toca no horizonte do meu mar, colorindo o mundo com as suas belas cores, num pôr-do-sol maravilhoso, estamos juntos, num abraço de ternura.
Por isso espero todos os dias pelo entardecer, para me perder nos sonhos.

Isso é o que eu sei..
Isso é o que eu senti...
Isso é o que eu pensei, quando escrevi estas palavras..


:-) Lisa

Boa noite professor...