29 julho 2009

Lubna: chibatadas por usar calças


Para reflectir sobre a democracia: "Uma jornalista sudanesa (Lubna Ahmed al-Hussein, na imagem, CS) está se preparando para receber 40 chibatadas em Cartum, na quarta-feira, como punição por usar roupas "indecentes": um par de calças compridas." A notícia está disseminada por muitos portais na internet.

10 comentários:

Viriato Dias disse...

Tenho estado a fazer uma ginástica mental para tentar perceber qual é a motivação que alguns candidatos tem para concorrerem à Ponta Vermelha? Candidatos totalmente desconhecidos e que jamais tiveram vocação alguma para política. Nunca foram vistos nem nas tv´s nem nos colóquios a defender a sua cidadania! Hoje aparecem como cogumelos em tempo de chuva, não se sabe bem de onde, mas estão ai e dispostos a fazer nomes. Nem sequer sabem a cor na nossa bandeira, não sabem cantar o hino nacional, não sabem onde fica o parlamento, jamais fizeram algo em prol do povo, mas querem concorrer. Meu Deus, penso que o sistema americano para estes casos de candidatura é o melhor, permite separar o trigo do jóio e que jóio!A este candidato desejo-lhe boa sorte e não se esqueça de hoje mesmo visitar as zonas assentadas das cheias, Mutarara, onde a situação é crónica, e apresentar um plano da sua candidatura.

Um abraço

Viriato Dias disse...

E estãos os organismos de Direitos Humanos e a própria UA para não falar da ONU todos concentrados apenas na questão do Zimbábuè e do seu presidente Mugabe, quando há países ditos verdadeiramente democráticos a assassinarem fisica e mentalmente o seu povo, como aliás é o caso desta pobre jornalista. Se for cultura, então há que se evitar que situações destas em que a cultura torture as pessoas!

Um abraço

Sensualidades disse...

tenho feito esta pergunta a muita gente, a mim propria, sem nunca ter tido resposta

De que e que teem medo?
qual e a causa de tanta irracionalidade?

Jokas

Paula

umBhalane disse...

O Sudão há já 46 anos em guerra civil contra os kâfir do Sul, que têm sido sistematicamente eliminados, num genocídio metodicamente executado, pelo Norte onde predominam os arabizados.

Não se trata de racismo, ou guerra religiosa/civilizacional, apenas um problema interno de África, perante o seu complacente silêncio cúmplice, um problema interno do Sudão.

Entre a chamada África branca e a África negra.

Mas branca de não completamente brancos, que nem eu.
Gente muito perigosa.

Fossem os do Norte Franceses, Ingleses, Italianos, Portugueses, Boers,...erava um grande problema - erava o racismo, o colonialismo, a exploração, aquelas coisas acostumadas.

Assim é um problema de "pretos".

Uns mais, outros menos - ainda que muito diferentes, como cansamos de saber.

Governado por um grande democrata, Omar Hasan Ahmad al-Bashir

que foi colega da mesma escola de Mugabe

e mais uns quantos.

N'KOSI SIKELELI ÁFRICA.

Mari Ribeiro disse...

O Sudão, embora não seja sigantário dos tratados sobre os DH das Mulheres, assinou diversos tratados internacionais de DH, inclusive a Convenção contra a Tortura e outras Penas ou Tratamentos Cruéis,
Desumanos ou Degradantes.

A notícia demonstra a fragilidade da democracia e do cumprimento dos acordos...

Quanto a pensar se é cultura, acho que não se pode esquecer que toda e qualquer cultura também é permeada por relações de poder.

Um abraço

Reflectindo disse...

A União Africana, clube dos ditadores africanos, luta para ilibar Al-Bachir, o grande racista, machista, fascista e criminosa.

É o problema da minha África - o importante é falar mal do Ocidente para melhor reprimir os seus concidadãos. O que as calcas da Lubna provocam ao Al-Bachir?

Viriato Dias disse...

Em questões de política, partidos, etc não convem que falemos de coração, mas que os nossos comentários sejam maduros e fruto de uma leitura exaustiva sobre o que se pretender dizer. O Ocidente foi "dono" da África mais de 500 anos, e continua sendo de forma diplomática, por isso não vamos aqui atirar pedras aos lideres africanos, que dentre eles até há justos!

Um abraço

Anónimo disse...

Viriato, a ocupação efectiva de partes do interior da Africa Sub-Saariana pelo Ocidente,tem cerca de 150 anos. No nosso caso, os navegadores portugueses apenas criavam feitorias e fortalezas na Costa, fazer COMÉRCIO (traziam as missangas, levavam o ouro, marfim, e mais tarde os homens como mercadoria também, como força de trabalho. Quantos anos tem a cidade de Tete, Lichinga, Chimoio, Pemba? Há quantos anos Gungunhana resistiu à ocupação do interior aqui à portas de Maputo?

umBhalane disse...

O azar de África foi, de facto, o Ocidente não ter estado os tais 500anos de modo efectivo.

Foi realmente pena.

Fazer o quê?

Reflectindo disse...

Caro Viriato, a leitura foi por mim feita há muito tempo. Quando os líderes africanos se reunem falam do Ocidente e não dos problemas causados pelos seus homólogos. Os casos Mugabe e Al-Bachir são exemplos. Não estão defendendo Al-Bachir para que não seja julgado pelos crimes no Dafur?