26 dezembro 2012

Capital e risco de desculturalização (2)

Segundo número desta nova série. É possível estabelecer como hipótese que a posição do secretário permanente do distrito de Moatize não é necessariamente a posição global do governo. Mas essa não é, em meu entender, a questão principal. A questão principal tem ver com o método usado nos reassentamentos. Se não se importam, prossigo mais tarde. Recordem aqui e aqui. Sobre a Vale, aqui, aqui e aqui.
(continua

2 comentários:

nachingweya disse...

É isso mesmo. É possível que os termos de referência do processo de reassentamento não tenham tomado em consideração todos os interesses dos reassentados e sim da Empresa. Em termos práticos e talvez mesmo a luz da lei a Vale tem razão;não me parece que se possa fazer uma mina a céu aberto contornando-se uma campa aqui, ali e acolá e nem é razoável desejar que a Vale permita acesso indiscriminado às áreas de mineração.A Vale tem DUAT definitivo válido por 50 anos.
O governo não tem de criticar a Vale nem tem que lamentar; tem de resolver o assunto dos seus cidadãos.
(Há uns anos aquando da construção da barragem do Alqueva em Portugal, a aldeia que viria a ser inundada foi toda ela refeita, os seus mortos transladados para o cemitério da área de reassentamento).
Onde estavam as Organizações da Sociedade Civil quando o povo estava a ser destituído dos seus antepassados em troca de uma casinhas mal construídas?

Salvador Langa disse...

O problema não tem a ver com mais ou menos reassentamentos mas com respeito pela vida humana.