31 dezembro 2012

Sobre racionalidade

Um texto a ler da autoria de Pedro Nacuo, datado de 27/09/2012, sobre a mina de Namanhumbir: "Entre a possibilidade de ter sido uma acção meramente vândala ou o prolongamento da desgovernação daquela área administrativa em face do poder que detêm os estrangeiros ilegais que instrumentalizam os nacionais para se envolverem no garimpo ilegal, violando as leis do seu próprio Estado e a conivência dos servidores deste, dadas as quantidades de dinheiro que circulam naquela região do distrito de Montepuez, não é fácil encontrar a racionalidade do que ali está a acontecer." Aqui.

1 comentário:

nachingweya disse...

A ser verdade que apenas 6.88 Kg do minério apreendido com uma cidadã americana fora do circuito legal da concessão valem entre 25 a 30 MILHÕES de dólares então, a contrapartida de desenvolvimento comunitária consistindo na disponibilização de 25 pintos para cada uma de 72 famílias, apetrechamento de 20 carpinteiros (para limparem a área mineira), construção de uma campa, compra de tintas e um pincel, é uma miséria. Um insulto à razão e à racionalidade.
Muito melhor prestação tiveram as companhias algodoeiras, chazeiras e outras que, apesar de coloniais,deixaram muito do patrimônio em que hoje nos pavoneamos, mesmo alí da Sommerchield.

Não há castigo nenhum- repito, nenhum- que impeça o ser humano de tentar satisfazer a sua carência mais extrema: A FOME.

Não é com leis que se regula o comportamento dos seres vivos perante a fome.
O governo não deve armar-se contra estas pessoas, fazê-lo é irracionalidade. O governo deve ter o engenho de usar o recurso natural descoberto em Namanhumbir para ancorar projectos sustentáveis de renda que incluam a longo prazo os seus 22140 habitantes, seus visitantes e refugiados. Não apenas 72 duas famílias que devem ter comido frango durante um mês; ou 20 carpinteiros para produzir as estacas da mina e depois, talvez caixões;ou uma lage, alguma tinta e um pincel....