29 novembro 2013

Propaganda eleitoral pelo vestuário (5)

Quinto número da série. Escrevi no número anterior que o vestuário pode ser uma isca política destinada a invalidar a política sem deixar de a praticar. Mas antes de explicar tão enigmática expressão, importa ter em conta dois tipos de candidatos partidários: aqueles que são a linguagem textual do partido e aqueles que a inventam. No primeiro caso estamos perante seguidismo doutrinário, perante a reprodução mecânica e sem criatividade dos programas partidários, perante a cautela metodológica, perante a aplicação cuidadosa da cartilha herdada da história; no segundo, estamos perante a inovação, perante a invenção permanente, perante a subversão metodológica, perante a ausência de uma experiência assente na história e na rotina. Se não se importam prossigo amanhã (na imagem, aqueles que foram candidatos à presidência do município de Quelimane, respectivamente Abel Henriques da Frelimo e Manuel de Araújo do MDM, arranjo meu a partir de fotos do jornalista António Zefanias).
(continua)

1 comentário:

Salvador Langa disse...

Pois está claro que o Abel é exemplo do primeiro caso e o Araújo do segundo.