11 dezembro 2016

Os duros e os moles na luta política [4]

Terceiro número aqui. O que está em jogo para os proponentes da partilha política tem a ver com a rotação da gestão estatal. Não são poucos os proponentes da partilha política que entendem ser o Estado uma espécie de restaurante que não pode ser exclusivo de um determinado partido. A argumentação é invariavelmente do tipo moralista, com o verbo "dever" fazendo as honras éticas das opiniões. Por outras palavras: mais do que um despique com regras duras, a política é encarada como um problema moral. Porém, "Um poder não faz compromissos senão no momento onde tudo está perdido. Ele não é fraco porque cede: cede porque é fraco." [Sperber, Manès, Psychologie du pouvoir. Paris: Éditions Odile Jacob, 1995, p.95]

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